quinta-feira, 3 de março de 2011

127 Horas



        

Mais uma vez Danny Boyle surpreende com o mais novo trabalho, 127 Horas, a adaptação para as telas da história real vivido por Aron Ralston, um aventureiro que segue sua vida quebrando a rotina escalando montanhas. E numa dessas escaladas em uma das montanhas de Utah (EUA), ele enrosca o braço e acaba ficando preso em uma fenda no meio das rochas, sem conseguir qualquer ajuda, o filme mostra essas horas de desespero e reflexão vivida em “127 Horas”.
        
Com algumas cenas de câmeras na mão, Danny Boyle cria o filme com um ar mais documental, (querendo nos levar mais próximos da realidade), misturado com imagens de película, capturando perfeitamente as belezas naturais das montanhas de Utah, que se inicia o filme, e que logo se transformaria em um cenário de pânico e tensão.  Com o ritmo frenético e uma trilha sonora “convidativa” que o mantém ligado, também mostrado em “Quem quer ser um Milionário? “ sua edição consegue dar vida em um cenário único, vivido apenas por lembranças e reflexões do personagem.                  

Aron Ralston o personagem real da história, é um cara de 28 anos, que gosta de sair de sua rotina se aventurando em montanhas perigosas e se infiltrando em lugares mais perigosos entre elas, onde numa tarde de sábado sai para fazer esse feito e conhece por acaso duas meninas também aventureiras, onde estariam possivelmente perdidas nas montanhas, onde ele  alem de oferecer ajuda, embarca em uma breve e rápida diversão com as meninas,  mostrando-as um lago entre as rochas, onde passam por um momento nadando, em umas das cenas mais bem fotografadas do filme. Após despedida Aron, mal sabia o imprevisto e a solidão que o esperava; seguindo sozinho pelas fendas das montanhas, ele se escorrega e prende um dos seu braços em uma fenda entre as rochas, onde o filme realmente começa sua horas de desespero e aflição, quando logo vê que não consegue nenhuma ajuda, e ainda no meio do nada em uma das fendas das montanhas de Utah.       
         
 Os momentos que Aron (com apenas uma mochila com uma pequena garrafa de água e alguns mantimentos e acessórios de escalar em montanhas é claro) passa se debatendo e tentando retirar a pedra em que seu braço estava preso por ela, é retratada de uma forma intensa e  não deixando o telespectador cair na monotonia, e sim fazendo com que pensamos junto com o personagem, refletindo cada segundo, coisas simples da vida,  com imagens bem sincronizadas, são mostradas cada momento que Aron passa refletindo nessas “horas” sem saber o quantas “horas “ ainda o restaria. Nesse momento cria-se uma das melhores cenas do ano, onde com uma câmera, Aron começa a se filmar e como em um Talk show, ele se entrevista, onde realmente o ator James Franco (onde consegue o papel mais centrado de sua carreira) demonstra sua brilhante atuação, que lhe rendeu uma justa indicação ao Oscar de melhor ator.

As horas que Aron passa preso entre as rochas, nada mais é que um apelo, uma “puxada de orelha”, um grito, para que ele refletisse e visse a que caminho sua vida andava e onde ele pudesse melhorar e nas coisas que não sentia falta, onde sentiria quando estava só. 127 Horas nos convida a refletir sobre a vida, sobre nossos valores, e aproxima o ser humano uns dos outros. e acima de tudo é um exemplo de superação e ajuda a tentar sairmos de nossos problemas.
          

Danny Boyle certamente conseguirá retirar muito espanto na cena de mutilação, certamente não demonstrado como uma cena tão esperada no fervor da saga Jogos Mortais, e sim como uma cena temida que não torceríamos para acontecer, demonstrado em uma sequencia de tirar o fôlego e ate mesmo algumas pessoas da sala de cinema, certamente uma merecida indicação a finalista de melhor filme do ano ao Oscar.


                                                                                               por Clóvis Pinheiro

2 comentários:

  1. Não aguento mais ver a mesma informação errada sobre esse filme.
    Ele estava nos Canyons de Utah, não nas montanhas.
    Mesmo com algumas cenas chocantes, o filme é uma historia formidável que vala muito a pena ver.

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  2. Eu iria fazer esse comentário, ele estava nos Canyons...

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